0099. Despertar
- carlosagora
- 9 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de dez. de 2024

A determinada altura da vida atingimos um determinado patamar de consciência que nos confere um nível de perceção exclusivamente racionalista.[1]
A determinada altura da vida deixamos de temer criaturas “infernais” e aspirar a “paraísos” supranaturais.
A determinada altura da vida, somos inevitavelmente arrastados pela corrente de observação objetiva da realidade.
A determinada altura da vida a consciência atinge praticamente o seu auge e assimilamos que só AGORA podemos ser realmente felizes.
A determinada altura da vida deixamos de ter pressa de viver e queremos apenas desfrutar.
A determinada altura da vida queremos simplesmente conhecer e esquecer tudo o que inutilmente nos impuseram.
A determinada altura da vida queremos simplesmente deliciar com esta maravilhosa paisagem com que diariamente nos deslumbramos.
A determinada altura da vida queremos simplesmente estar em paz, connosco e com todos os que nos rodeiam.
A determinada altura da vida queremos simplesmente saborear o mais simples dos milagres…
A VIDA!
Aspiramos então a ser apenas nós…
Livres e satisfeitos!
Aspiramos então a sentir e que nos deixem sentir completamente.
Aspiramos então a pensar e que nos deixem pensar da forma mais racional possível.
Aspiramos então a amar e sobretudo que nos deixem amar quem e o que realmente amamos.
É então que assimilamos que nunca é tarde para Sonhar…
É então que assimilamos que nunca é tarde para Amar…
É então que culminamos que nunca é tarde para Viver…
E nunca é tarde para DESPERTAR!
--- / ---
[1] Numa fase mais precoce, traduzida pela descoberta e deceção que conduz ao desacreditar do “pai natal” e de todas as figuras do universo imaginário.
Numa fase mais matura, alicerçada no crivo do contraditório e na consciência da realidade, traduzida na contínua desconstrução e desmistificação de todos os dogmas previamente incutidos.
É, pois, normalmente neste apogeu de plena capacidade física e intelectual, que é atingido o desacreditar lógico e racional em todas as entidades ditas “divinas; o ponto de perceção do ideal divino como mero conceito individual e abstrato, factualmente inexistente fora do contexto mental humano”.
A óbvia assimilação e conclusão do ato mental, característico da espécie humana, que varia de acordo com contexto sociocultural onde se produz.
Autor: Carlos Silva
Data: 2017-03-06
Imagem: Internet
Obs: Direitos reservados.
Comments