“Imagine-se, com John Lennon, um mundo sem religião. Imagine-se que não há bombistas suicidas, 11 de setembro, atentados de Londres, cruzadas, caça às bruxas, conspiração da pólvora, divisão da Índia, guerras israelo-palestinianas, massacres de sérvios/croatas/muçulmanos, perseguição de judeus enquanto «assassinos de Cristo», «problemas» na Irlanda do Norte, «assassínios por motivos de honra», televangelistas de fato lustroso e cabelo armado a tosquiar o dinheiro de rebanhos ingénuos (“Deus quer que dês até te doer”). Imagine-se que não há talibãs a fazer explodir estátuas antigas, decapitações públicas de blasfemos, flagelação de mulheres por exibirem um centímetro de pele.”
Estas palavras constam na introdução do Livro “A Desilusão de Deus” de Richard Dawkins”[1] que li quase sem parar…
A Desilusão de Deus
Há momentos que mudam a História… e possivelmente a “Desilusão de Deus” de Richard Dawkins é um deles!
Quando, por acaso, destapei o momento, ao encetar a descoberta fiquei verdadeiramente entusiasmado, preso ao desejo de continuar a descobrir…
Curiosamente tem no “Prefácio” o Prefácio que sonhara aquando da primeira vez que me ocorrera criar um dito “livro” ou algo que com tal se assemelhe… precisamente o mesmo poema de Lennon que gerou o meu “despertar” e transformar em realidade todo este sonho… coincidência!
Fez-me recordar o adolescente que casualmente nascera em religião, a olhava com relativa indiferença e, no fundo, apenas reforçaria a conceção que começava a ter da mais pura realidade: “É possível ser-se ateu sem deixar de ser uma pessoa feliz, com sentido moral e intelectualmente realizado” ... e que o poder da razão é mais forte que qualquer crença… (pela verdade!) ainda que a última esteja enraizada em milhares de anos de história…
Fez-me recordar, que a “doutrinação de infância” jamais poderá moldar uma personalidade cuja inteligência inata seja suficientemente forte e instruída.
Fez-me sobretudo reforçar ainda mais o “espírito ateísta” e levá-lo ao livre entendimento sobre a vida e a realidade… assente numa mente aberta e sã.
Fez-me “despertar ainda mais consciências!”
[1] Defensor intransigente da evolução segundo a teoria de Darwin, é um divulgador ágil da ciência e do pensamento científico.
Autor: Carlos Silva
Data: 2008-02-09
Imagem: Capa Livro: ”A Desilusão de Deus”
Obs: Fez-me recordar o adolescente que casualmente nascera em religião,
a olhava com relativa indiferença e, no fundo, apenas reforçaria a
conceção que começava a ter da mais pura realidade: “É possível ser-se ateu sem deixar de ser uma pessoa feliz, com sentido moral e intelectualmente realizado”!
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