0012. Banalidade
Mais uma vez penso na (im)perfeita banalidade dos meus pensamentos… [1]
Mais uma vez me contento em saber que por momentos sou algo[2] que não sei…
Lanço momentos para um qualquer papel, e mais tarde, entretenho-me a dar-lhe vida literalmente…
Sinto-Me longe de mim…
Olho-Me desassossegado para a curiosa capicua que gera a inversão do papel[3] e os lábios esboçam um impávido sorriso. Ao contrário tudo permanece semelhante, tal como eu…
Canso-Me o desespero de pensar…
Canso-Me a satisfação de pensar…
E quando finalmente regresso a mim, resta a banalidade das sensações como se reiniciasse outra forma de vida (como um perfeito pessoano[4] vivendo interiormente o sonho…).
E quando finalmente regresso a mim, resta a realidade do último ato de amor… -o mais recente pensamento que remeterei para subterfúgios do subconsciente.
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Autor: Carlos Silva
Data: 1996-06-09
Imagem: Internet
Obs:
Direitos reservados
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[1] A banalidade do momento… o Agora… o Ser… o Não-Ser… a Consciência da efemeridade da vida… o pensamento sobre as sensações do último ato de amor…
[2] Alguém
[3]Data: 9 6 9 6 a inversão fica igual.
[4]F. Pessoa
https://agora7564.wordpress.com/?s=0012.+Banalidade
https://agoracarlos.blogspot.com/2018/01/0012-banalidade.html
https://carlosagora.blogs.sapo.pt/12-banalidade-3213?tc=11319277119
https://carlosagora.wixsite.com/agora/post/0012-banalidade
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