Dias de lazer,
Dias de prazer,
Dias de libertino apetecer,
Dias de mais uma etapa do meu ser.[1]
Dias sem funções ou obrigações,
Dias de recordações e emoções.
Dizia Fernando Pessoa …
“Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O sol doura sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa.”
“Ai que prazer!”
“Ter tantos livros para ler...”
E ler apenas quando apetecer,
Escrever apenas ao despertar este prazer,
Ter todo o tempo para amar e desfrutar,
E sem compromissos para o fazer.
Com ou “sem literatura…”
Como “doura o sol nesta suave brisa matinal”,
Como folegam as plantas do meu quintal,
Como corre o tempo… sem qualquer pressa.
Tempo sem correrias ou competições,
Tempo para amar o que mais amo,[2]
Tempo para amparar quem mais precisa,[3]
Tempo para ajudar amigos e clube[4]
Tempo para o mundo.
Tempo ao destempo,
Como se não houvesse tempo,
Tempo despreocupado do tempo.
Autor: Carlos Silva
Data: 2020-08-02
Imagem: Internet
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