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0368. Amor cristão



É perfeitamente óbvio que, com ou sem religião, sempre haverá pessoas boas e más; tal como sempre haverá crentes e descrentes, bons e maus!

Sempre haverá pessoas boas praticando o bem, tal como sempre haverá pessoas más praticando o mal!

A questão que se coloca é, o que é que leva determinadas pessoas a praticarem o mal, e, em alguns casos, a odiarem e matarem os seus semelhantes?


Dizia o já falecido prémio Nobel da Física, Steven Weinberg, que para “pessoas boas praticarem o mal, apenas precisam de uma religião”.


Será que a crença cega e absoluta numa determinada religião pode levar pessoas a praticarem o mal em nome do seu suposto “deus”?


Dizia o veneradíssimo “santo” da Igreja Católica, São Tomás de Aquino, mestre e professor dos que estudam para o sacerdócio; conhecido como "Doctor Angelicus" pela enorme influência da sua obra nas áreas da teologia e filosofia, o seguinte…

“Por seu pecado, os hereges merecem não apenas ser separados da Igreja, pela excomunhão, mas também do mundo, pela morte”.


Refira-se que “Herege” vem do grego “Hairetikós” e significa: “que não tem religião”, “que é livre de escolher”. A igreja transformou-o num insulto, num pecado, como se a livre escolha da ideia, diferente do dogma, fosse algo monstruoso.


Ora, terá sido realmente São Tomás de Aquino uma “boa pessoa”, ao desejar e doutrinar a morte de todos os hereges, acreditando piamente que realizava a vontade de “deus” e se tratava de um ato misericordioso de “amor cristão”?

Possivelmente não… mas, o que é um facto, é que grande parte da sua doutrina Escolástica seria posteriormente usada e adaptada pela Igreja Católica, sobretudo pela Santa Inquisição que a executava praticamente à letra.

Os registos históricos são inquestionáveis e dizem-nos que entre 1543 e 1684, a Santa Inquisição condenou (só em Portugal) 19 247 pessoas, das quais 1379 foram queimadas, e centenas morreram na prisão enquanto esperavam julgamento.


Assim expandia a Igreja Católica a sua “mensagem de amor” e fé cristã!...

Doutrinando pessoas de bem… fazendo-as acreditar cegamente que odiar ou matar o seu opositor é realizar um ato de amor, consumando assim a vontade do seu “deus”!


Uma “mensagem de amor” baseada no medo e na promessa, no ódio e na morte!


Muitos, hoje, lhe chamam-lhe “fanatismo religioso”!



Autor: Carlos Silva
 Data: 2023-09-01
 Imagem: Internet
 Obs.:
 Direitos reservados.




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