Batizaram-me quando apenas tinha três meses de vida!
Mergulharam-me em água benta com a promessa que tal me purificaria e abriria o caminho para a eternidade.
Mergulharam-me em água benta com a convicção que tal me uniria eternamente ao seu deus (“Pai, Filho e Espírito Santo”) que por mim morrera e ressuscitara -tornando-me, assim, para sempre, seu filho e fiel servidor.
Marcaram-me como “cristão” quando ainda nem sequer sabia o que era ilusão, como quem marca um cordeiro recém-nascido do seu rebanho.
Marcaram-me num ritual eclesial mascarado de festa de família e amigos, onde selaram uma espécie de contrato que, supostamente, manifestaria a vontade dos meus pais em me doutrinar de acordo com os valores e princípios morais da religião católica.
Assinaram uma espécie de contrato que definia o presente e decidia o meu futuro… que impunha não pensar, não sentir… e sobretudo não questionar ou renegar.
Como é que uma mente minimamente decente pode celebrar ou validar um contrato entre uma suposta divindade e uma inocente criança?
Não pode!
Ninguém pode decidir o futuro de uma inocente criança sem conhecimento de causa… e muito menos com um outorgante fictício!
Diz a Igreja Católica que “Deus dá-nos o Seu Espírito e adota-nos como seus filhos, antes mesmo de O conhecermos” … “Deus ama as crianças ainda antes de estas O conhecerem” … e não é por acaso que o manifesta em Mt19, 14: “deixai vir a Mim as criancinhas e não as impeçam…”
Como é que um ser fictício, fruto da imaginação humana, pode adotar uma criança, ainda antes desta ter consciência da sua… inexistência?
Não pode!
Mais do que um abuso de confiança, este “contrato divino” a que chamam “Batismo”, é uma ofensa à inteligência de qualquer mente minimamente racional.
Mais um dos muitos dogmas absurdos da Igreja Católica que importa desmistificar… e anular.
Assim, existindo tal contrato que me define como “cristão”, que para efeitos estatísticos do meu país me coloca como membro da Igreja Católica Apostólica Romana…
É de forma consciente e de livre vontade que o venho anular através do ato de Apostasia.
Nota:
Independentemente da resposta que me vier a ser dada… (até ao momento, apesar de reiterado, o pedido foi ignorado), aqui fica publicamente expressa a nulidade deste vínculo absurdo a que me submeteram quando ainda nem sequer tinha atingido a idade dos porquês.
Autor: Carlos Silva
Data: 2024-02-10
Imagem: Internet
Obs.:
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