O escritor muçulmano Salman Rushdie, autor dos “Versículos Satânicos”, livro considerado uma afronta ao “Islão” pelas autoridades iranianas e sobre o qual o aiatola Khomeini decretou uma “fátua”, ou seja, uma decisão religiosa com valor jurídico a apelar à morte, foi hoje vítima de um ataque à facada num centro cultural de Nova Iorque quando se preparava para discursar.
Depois de saber da “condenação à morte” que ordenava como dever de qualquer crente muçulmano a sua execução e uma recompensa de 32,2 milhões pela sua cabeça, Salman Rushdie, tem vivido escondido na clandestinidade e obrigado a mudar regularmente de país.
O escritor encontra-se agora hospitalizado e ligado a um ventilador a lutar pela vida.
Perante esta terrível realidade, é perfeitamente lícito reiterar a estas abomináveis criaturas que doutrinam e incitam jovens fanatismos religiosos a cometer estes crimes hediondos, que eliminar uma vida não implica matar a “Liberdade de Expressão!
A Liberdade de Expressão jamais morrerá!
A “Liberdade de Expressão” é um direito fundamental e supremo de toda a humanidade -até dos que a tentam exterminar!
Mal seria deste mundo se todos os seres humanos tivessem a mesma opinião e pensassem da mesma maneira!
Mal seria deste mundo se a maioria (ou minoria) dos seres humanos tivesse a mesma opinião ou o direito de silenciar a minoria (ou maioria)!
Mal seria deste mundo se a alguém tivesse o direito… ou o poder de matar o seu semelhante simplesmente porque este tem uma opinião diferente!
Silenciar uma opinião jamais silenciará o debate... é dele que emerge a verdade!
Mais do que uma ameaça à Liberdade de Expressão, este fanatismo religioso, ou criminoso -tal como lhe quisermos chamar -é sobretudo um caminho para a cegueira mental.
Autor: Carlos Silva
Data: 2022-08-11
Imagem: Internet
Obs.:
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