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0349. Origem



Questiona um crente na sua incerteza…

“Como é que um ateu pode afirmar que tudo veio do nada”?

“Se não foi deus, quem criou o homem e o universo”?


Ora, nenhum ateu pode afirmar que “tudo veio do nada”!

O ateu, simplesmente, desconhece a origem do universo e da vida porque ainda não foram explicados cientificamente!

O ateu desconhece a origem do universo, embora admita que tenha surgido a partir da desintegração de um núcleo radioativo instável, conhecida como teoria do “Big Bang”, que considera que estaria originalmente muito quente e denso em algum tempo finito do passado.

O ateu desconhece a origem da vida… mas sabe, obviamente, que resultou de um processo evolutivo, sendo que para tal tenha ocorrido, foi fundamental a presença de determinados elementos indispensáveis ao seu desenvolvimento.


O que o ateu pode constatar é a inexistência de qualquer divindade!

Com base nesta evidência, raciocina e retira a conclusão mais lógica possível!

Perante a inexistência de qualquer divindade (nunca em tempo algum foi observada… muito menos com poderes supranaturais), considerá-la seria irracional e completamente absurdo!

Considerar essa suposta divindade a origem de tudo, implicaria (mais ilógico ainda!), considerar que, anteriormente (a ela e à criação), algo a teria também criado!

Na realidade, a questão, apesar de não totalmente coerente é perfeitamente percetível a qualquer mente minimamente ciente:

Embora se desconheça objetivamente a génese, houve claramente uma evolução a partir de determinados elementos químicos existentes na terra… como amónia, hidrogénio, metano, vapor de água… até atingirem uma organização estrutural e funcional característica da matéria viva.

Obviamente que quem criou todos os supostos deuses foi o próprio homem! -precisamente pela sua necessidade de respostas… e principalmente por poder e domínio dos seus semelhantes.

“Deus sempre existiu… está em todo o lado”, justificam alguns crentes!

Na realidade, existe, desde que imaginado pelo homem pois trata-se obviamente duma imagem mental abstrata.

Na realidade, o homem criou algumas “escrituras”, onde, à sua imagem, imaginou e descreveu um suposto ser divino, com poderes supranaturais. Um ser ancestral, rude e sanguinário, que tudo sabe e tudo faz… narcisista e sobretudo bastante ignorante relativamente a todos os ramos da ciência. Um ser que promove amor e paz, mas semeia ódios e guerras…

Na realidade, um ser celestial limitado e sobretudo pouco inteligente -à imagem do seu criador!


Todas as crenças humanas são sustentadas pela ignorância e sobretudo pela necessidade de acreditar ou agarrar-se a algo em momentos difíceis e de sofrimento…

Normalmente quem acredita ou tem fé numa divindade, não sabe, não lê e sobretudo não pensa!

Desconhece que precocemente lhe foi incutido o medo de pensar e autonomia para questionar determinados dogmas impostos como verdades supremas.


Uns têm receio de questionar a sua fé…

Outros, receio de deixar de acreditar...-como se pensar ou mudar de opinião implicasse um castigo eterno.

A maioria prefere manter-se na sua zona de conforto, limitando-se a repetir orações e a frequentar rituais religiosos, onde incessantemente é repetido até à exaustão o que mais gostam de ouvir, mantendo, assim, a virtualidade e generosidade de contribuir com apoio moral e económico aos seus pastores.

Pensar, descobrir, conhecer, questionar… são hipóteses censuráveis e condenáveis!


Basta-lhes saber que o seu deus sabe… e controla tudo!

Basta-lhes o conforto do seu divino Anjo da Guarda!



Autor: Carlos Silva
 Data: 2023-07-16
 Imagem: Internet
 Obs.:
 Direitos reservados.


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